O PSL, partido (por ora) do presidente Jair Bolsonaro, rachou de vez no Congresso Nacional após ele falar que o comandante da legenda, Luciano Bivar, está “queimado pra caramba”. Ontem, o Palácio recebeu lista com nome de quase 40 dos 53 deputados do PSL que estão fechados com Bolsonaro – e saem com ele assim que a ‘janela’ de verão permitir.
A tensão é tão grande que, no fim do dia, a mando da cúpula do PSL, a deputada bolsonarista Alê Silva foi excluída da Comissão de Fiscalização e Tributação durante a sessão. Revoltada, desancou o partido: “Só quer dinheiro!”, e completou que, sem Bolsonaro, o PSL não passaria “nem na cláusula de barreira” da regra do TSE. Bivar não se pronunciou até o fechamento da Coluna.
É cada dia mais latente a ida de Bolsonaro – e um séquito de congressistas, deputados estaduais, prefeitos e vereadores – para o Partido Patriota.
Como o racha é notório, não há tempo para articulação. Opção de esperar a criação de um partido (ideia do bolsonarista Luciano Hang, da Havan) está descartada.
No site do PSL só existe um artigo de Bivar falando de Bolsonaro. Cita um capitão e parlamentar com 30 anos de exercício “jamais envolvido em corrupção”.