A CPMI do Dia 8 de Janeiro, pedido da oposição ao Governo Lula da Silva III, começa a tomar vida e pode ser irreversível. Agora, além da oposição, a própria base governista se mobiliza para assinar o pedido de criação da comissão a fim de tentar pegar a relatoria.
O líder do Solidariedade, deputado Áureo Ribeiro, já foi chamado ao palácio para uma reunião às 19h com o ministro Alexandre Padilha. Enquanto isso, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RS) está recolhendo assinaturas entre os pares.
A ideia do PT é formar um bloco de oposição para lhe garantir a relatoria da CPMI.
Enquanto isso, no Senado, a base bolsonarista acredita que o melhor nome do grupo é o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro. Para a presidência da Comissão ou relatoria – o que todos consideram mais importante.
Conforme a Coluna publicou em reportagem anterior, os bolsonaristas usam o pedido de demissão do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional como um pavio para explodir o caso. A CNN revelou que o militar da reserva estava andando no Palácio no dia 8, durante os ataques de vândalos, e não deu voz de prisão a quem encontrou – chegou a conversar com alguns deles. O que fomentou o boato de que haveria infiltrados do PT nos ataques, o que nada foi comprovado ainda pela Polícia Federal.
Até essa noite, conforme apurou a Coluna, a lista para a CPMI conta com 193 assinaturas de deputados e 37 de senadores. São necessárias 171 e 27, respectivamente, para a abertura da investigação pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.