Um tema que tem causado debates controversos e inflamados na sociedade chegou à Polícia Federal – e não menos polêmico. “Maratona de punheta”, “competições de pintos” e outras expressões correlatas à “homossociabilidade” em slides causaram provocações internas entre os futuros policiais e delegados na Academia Nacional da PF em Brasília.
O Simpósio “Diversidade e Gênero: Transversalidade, Letramento e Segurança Pública”, realizado nestas quarta e quinta-feiras, gerou tensão interna nas superintendências, pelo ineditismo do tema, após um dos participantes divulgar fotos das palestras nos grupos da PF.
Nas fotos divulgadas constam slides sobre comportamentos sexuais da juventude, o que acarretou comentários irônicos sobre o assunto nos grupos de WhatsApp. O tema rachou a corporação. Enquanto parte considera em voga o debate para melhor compreensão do cenário e preparo de policiais para lidar com eventuais crimes envolvendo menores, outra parte avalia como desnecessário o tema no curso.
O evento aconteceu no Teatro de Arena da Academia Nacional de Polícia, com objetivo de passar aos policiais o que está em debate sobre a pluralidade e a diversidade de gênero.
Em um vídeo, uma representante da superintendência do Amapá criticou a atitude de quem divulgou as fotos que segundo ela estão “fora de contexto” e que o principal objetivo do curso era gerar reflexão sobre o assunto.
A ação educacional faz parte do Projeto de Transformação Organizacional e está prevista no programa número 5 “Uma PF com a cara do Brasil: avançar rumo à equidade, à inclusão e à diversidade de gênero, raça e orientação sexual”.