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Brasília - 12 de maio de 2025 - 16:33h

Decreto na Paraíba que “estabiliza” o mercado vira piada em Brasília

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Causou um mal-estar e caiu como bomba no Ministério da Fazenda e Conselho de secretários estaduais a mensagem enviada por Bruno de Souza Frade, Secretário Executivo da Fazenda do Governo da Paraíba, no grupo dos Secretários de Estado de Fazenda de todo o Brasil.

Na mensagem, o secretário destaca que enviou para o Governador João Azevêdo (PSB) um decreto, mas não explica que o mesmo faz o Estado perder arrecadação. A decisão teria, segundo ele, o objetivo apoiar a estabilização do mercado.

De acordo com a nota oficial da Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba, a minuta do decreto que implementa o convênio ICMS 181/24 (Substituição Tributária – NAFTA) já foi encaminhada para a assinatura do Governador.

A pergunta que se repete no Confaz e entre portas no Ministério é se o secretário está mais preocupado com o mercado do que com a arrecadação do Estado?

Conselheiros de outros Estados se perguntam também se o Governador foi informado sobre essa perda de arrecadação e que ela seria para atender o mercado? E, principalmente, o que seria esse tal de “mercado”?

Em resposta, a Sefaz da Paraíba enviou a seguinte nota:

“Nota afirma que seria desabonador para o Estado da Paraíba estar implementando o Convênio ICMS 181/2024, que trata da base de cálculo e previne a concessão de diferimento (adiamento) do pagamento da substituição tributária do ICMS nas importações da nafta.
Além de conjeturar o sentimento oposto do experimentado pelos secretários de estado da Fazenda e pelos membros do Ministério da Fazenda no Confaz, pela implementação do indigitado Convênio, a nota não faz sentido sequer internamente no conteúdo do texto. Como seria que uma norma aprovada em dezembro no Confaz, entidade presidida pelo Ministério da Fazenda, a partir do voto das Fazendas estaduais, poderia ser expressão diversa da vontade dos próprios órgãos e conselheiros que editaram a norma?

A consequência da implementação do Convênio é justamente o aumento de arrecadação dos Estados com essas operações e garantia da regularidade das operações de importação, assunto que ocupou a pauta do Comsefaz e do Confaz em mais da metade do exercício de 2024”

A Coluna esclarece que até o momento a Fazenda não desmentiu que a mensagem tenha sido enviada no grupo de Whatsapp de Secretários Estaduais de Fazenda; também que o respectivo decreto em questão não irá reduzir a arrecadação do Estado e muito menos por que o Governo estaria abrindo mão dessa arrecadação em prol desse suposto interesse do mercado.

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