A Eletrobras, que recentemente fez vantajoso acordo com o Governo do presidente Lula da Silva, anunciou na sexta-feira (30) a demissão de 88 servidores.
O caso poderia passar desapercebido se não fosse um inusitado detalhe: todos os demitidos têm algum tipo de deficiência física.
“É tão chocante que ainda estamos com dificuldades de chamar pelo nome esse tipo de covardia que o comando da Eletrobras está fazendo na empresa”, afirma Carlos Arthur, presidente do Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro.
Na manhã desta segunda-feira (2), servidores e sindicalistas fazem protesto na Avenida Graça, Aranha, no Rio de Janeiro, perto da sede da empresa.

Em nota à Coluna, a Eletrobras nega as demissões. Mas os Sindicatos soltaram manifesto citando os casos.
Confira a nota da Eletrobras e o PDF do Sindicato:
Nota da Eletrobras à Coluna:
Não é real a afirmação de que a Eletrobras reduziu o quadro de pessoas com deficiência (PCD). Os fatos são:
· O número de PCDs que são empregados da Eletrobras Sudeste aumentou de 29 para 94 desde novembro/24.
· Este aumento no quadro foi feito majoritariamente com a contratação de 50 profissionais que já prestavam serviço à companhia, muitas vezes em contratos terceirizados, além de outros profissionais vindos do mercado.
· A primarização da força de trabalho com contratação de empregados em substituição a profissionais terceirizados é parte da estratégia de Diversidade e Inclusão da companhia.
· A companhia tem um plano negociado e validado com o Ministério Público do Trabalho, que está em execução para cumprir as regras ligadas à contratação de PCD.
Desta forma reiteramos que é princípio da Eletrobras ter uma força de trabalho diversa e fortalecer crescentemente suas políticas de inclusão, criando um ambiente de trabalho que valorize todas as nossas pessoas.
Nota de repúdio do Sindicato Federação Nacional dos Urbanitários: