Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada quarta-feira (28/5) demonstra que o número de fumantes de cigarros no País aumentou no ano passado pela 1ª vez desde 2007. Dados do setor de tabaco confirmam que essa é uma tendência, e incluem outro indicador preocupante: as vendas de cigarros no Brasil cresceram 18% na última década, considerando as vendas legais e o comércio ilegal combinados.
Na mesma declaração, o Ministério da Saúde sugere que as únicas soluções para esse problema são o aumento da tributação sobre os cigarros legais e a proibição de novos produtos. Infelizmente, não são. Curiosamente, o maior aumento no número de fumantes foi registrado em 2024, no mesmo ano em que os cigarros tiveram o maior aumento de preços da história do Brasil. Se o aumento fosse a solução deveria ter ocorrido um declínio no consumo, mas o que se viu foi justamente o contrário.
Essas medidas não reduzirão o número de fumantes nem os custos com doenças relacionadas ao tabagismo nos gastos públicos. Em um País onde quase 40% de todos os cigarros são ilegais, o aumento da tributação sobre a parte legal da indústria só levará à redução da indústria legal, enquanto o comércio ilegal, liderado por organizações criminosas, prosperará. O resultado final permanecerá negativo.
Enquanto no Brasil o número de adultos fumantes aumenta, mais de 90 países estão vendo as taxas de tabagismo despencarem e as vendas de cigarros diminuírem. No Japão, durante o mesmo período, as vendas de cigarros diminuíram 46%, enquanto a prevalência do tabagismo caiu pela metade. A Suécia tem menos de 5% da população adulta fumante.
Diferente do Brasil, esses países têm em comum políticas de redução de danos do tabaco e regulamentaram novos produtos cientificamente comprovados sem combustão, como bolsas de nicotina e tabaco aquecido, permitindo que fumantes adultos façam a transição para alternativas de tabaco não combustível, verificadas por renomadas agências independentes como de menor risco em comparação com o consumo contínuo de cigarros tradicionais.
A Philip Morris orgulha-se de ter dois produtos, o tabaco aquecido IQOS e a bolsa de nicotina ZYN, autorizados pela American Food and Drugs Administration (FDA) nos EUA como alternativas que oferecem menor risco para os adultos fumantes.
Com infomormações de Assessoria