Mario Marques – jornalista, publicitário e escritor -, nunca acreditou que grandes histórias de amor sobrevivessem aos filtros, à pressa e à distração do mundo contemporâneo. Por isso, seu 1º romance se passa em 1982. “Tudo Acabou Ontem”, lançado no último dia 5 de junho, no Rio de Janeiro, é uma ponte sensível entre duas épocas: de um lado, os amores puros e impossíveis dos anos 80; do outro, as relações líquidas e voláteis dos dias atuais.
“Tudo Acabou Ontem” está disponível nas grandes redes de livrarias e na Amazon, e traduzido em 10 idiomas. Mario tem longa trajetória na imprensa e no mercado de comunicação. Agora, mergulha em uma narrativa longa de ficção, que ele define como “um filme escrito em palavras”.
“Trabalho nesse romance há três anos. Quis escrever como se fosse cinema. Com cortes secos, diálogos precisos, respiros e silêncios. Fui muito influenciado por Alejandro Iñárritu (cineasta mexicano)”, explica o autor.

O romance se divide entre três cidades, Nova York e Kansas City, nos Estados Unidos, e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Todas elas gravitam em torno da mesma pergunta: o que acontece com os amores que não podem ser vividos? Com mais de três décadas dedicadas ao jornalismo e à comunicação, Mario Marques diz que o desafio de escrever um romance foi ao mesmo tempo angustiante e libertador, marcando uma nova fase na carreira dele.
“Como romancista, precisei inventar um mundo que, no fundo, tem muito de mim. Talvez por isso o livro seja tão pessoal, mesmo que nenhum personagem seja exatamente eu. Esse livro é uma espécie de ritual de passagem. Ele fala de finais, mas também de começos. No fundo, eu escrevi para me reconciliar com tudo aquilo que a gente perde, mas continua amando”, afirma Mario.