O que mais se comenta nas rodinhas do Poder é que o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, não pode ver um jatinho da FAB que pula dentro.
Não é exagero a brincadeira. Como um bon-vivant do Poder, nas asas do paternalismo que critica em palestras, Barroso teve um jato da Força Aérea à disposição entre 17 e 22 de julho em outro tour de eventos e passeios, no recesso do Judiciário.
Decolou de Brasília, passou por São Luís, Lençóis Maranhenses, Fortaleza e Recife. Dia 18 palestrou em dois seminários com juízes na capital maranhense, segundo sua agenda oficial. Mas sumiu dias 19 e 20 – num desses, foi visto com a esposa num bar na turística Atins (Lençóis) onde, segundo blogs locais, desembarcou e decolou num helicóptero da PM.
Já dia 21, em Fortaleza, visitou a seccional da OAB e palestrou para juízes. Na tarde seguinte, passou por dois encontros no Recife e retornou para Brasília. Em todos os trechos o avião transportou de 10 a 12 passageiros.
Não é de hoje que Barroso “foge” para palestras e passeios. Em setembro passado, conforme revelou a Coluna, ficou dois dias e meio em Mendoza, terra dos vinhedos argentinos, com jato da FAB à disposição, para uma agenda oficial de meio dia. Levou seis caroneiros que, até hoje, nem o gabinete do ministro, tampouco o STF e a FAB, questionados pela LAI, responderam quem são.