Parceiros

Brasília -

Parceiros
Brasília - 1 de maio de 2025 - 5:53h

A rota secreta da Copape: mentiras à Justiça e combustível desviado em Osasco

Foto: Divulgação/Copape
#compartilhe

Uma operação que começou com a apreensão de um navio pela Receita Federal em Santos revelou mais uma camada da teia que envolve a Copape e seus aliados no mercado de combustíveis. A embarcação, oficialmente vinculada à Dax Óleo e Gás — refinaria baiana — foi retida sob suspeita de interposição fraudulenta. Na prática, a carga não tinha como destino final a Dax, mas sim a Copape, velha conhecida das autoridades.

A Copape é controlada por Mohamad Hussein Mourad, denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por lavagem de dinheiro. Segundo o Instituto Combustível Legal, a empresa é apontada como o braço operacional do PCC no setor.

Apesar da suspeita, a Dax conseguiu na Justiça Federal uma autorização para retirar a mercadoria de Santos, alegando que ela seria transportada para a Bahia. Mas o que se viu foi outro roteiro: os caminhões seguiram direto para Osasco, descarregando no endereço da GT Formuladora.

A GT, segundo investigações, opera sem autorização das autoridades e pertence a Himad Abdallah Mourad — irmão de Mohamad. Ou seja: além de mentir sobre o destino da carga, o grupo já estaria operando de forma irregular, com um elo familiar fechando o ciclo da fraude.

Tudo indica que a Dax foi usada como fachada, a Justiça foi enganada, e a Copape segue ampliando seus tentáculos — desta vez, com combustível que saiu pelo porto e foi parar em um galpão clandestino em São Paulo.

A Coluna já soltou que o PCC paulista entrou no ramo de postos de combustíveis na região metropolitana do Rio de Janeiro, para lavagem de dinheiro. Então surgem as primeiras operações da Polícia Civil. Na segunda (14), policiais fecharam postos em Cascadura (Zona Norte da capital) e São Gonçalo, por suspeitas de ligação com a facção.

Em nota enviada à Coluna , a assessoria da Dax Oil cita que é uma empresa “que está há 23 anos instalada no Polo Industrial de Camaçari, gerando 145 empregos diretos e cerca de 350 empregos terceirizados/indiretos”, nega o envolvimento no caso citado e complementa que “todas as operações da Dax Oil são realizadas em conformidade com a legislação vigente e normativas regulatórias dos governos estadual e federal, bem como de acordo com as mais rigorosas normas de segurança e controle ambiental”.

“Em nota enviada à Coluna , a assessoria da Dax Oil informa que não há, nem nunca houve, qualquer relação da DAX Oil com a GT Formuladora. Da mesma forma, nenhum carregamento da DAX Oil seguiu para Osasco/SP como afirma a nota.”

A Coluna mantém a versão e em breve trará mais informações sobre o caso.

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.