A base governista corre contra o tempo para formar uma tropa de elite e blindar duas figuras ilustres, depois de dormir no ponto.
Embora o Governo afirme que os ministros da Justiça e das Relações Exteriores, Ricardo Lewandowski e Mauro Vieira, respectivamente, comparecerão à Comissão de Relações Exteriores da Câmara (CREDN), dias 27 e 28 de maio, datas sugeridas por ambos, é importante ressaltar que as audiências atendem a duas convocações, e não convites.
No caso do chanceler Mauro Vieira, a CREDN aprovou duas convocações. No dia 6 de maio, o ministro não compareceu alegando viagem à Rússia. No dia seguinte, aprovou outra convocação e o Itamaraty então sugeriu o dia 28.
Por ter faltado no dia 6 e sua justificativa recusada pela Comissão, Vieira terá de responder por crime de responsabilidade. A Comissão encaminhou o despacho para a Mesa da Câmara, que é quem aciona a PGR. Cabe ao MPF abrir, ou não, o processo.
No caso de Lewandowski, a convocação deu-se por completa ausência da base governista na sessão que a aprovou. Não restou outra alternativa senão marcar dia 27. Ao contrário do colega, ele não quer processo na PGR.