Por Alexandre Braz, repórter da Coluna
A chefe de cozinha trans Dannelly Rocha, de 38 anos, foi assassinada no Rio de Janeiro, na madrugada de sexta-feira (2/4). Nascida no Pará, ela foi morta em sua casa, no bairro da Lapa, por um homem não identificado. A Polícia está investigando o caso, mas ainda sem pistas do assassino.
Dannely trabalhava na CasaNem, um centro de acolhimento para pessoas LGBTQIA+. Ela participou do programa de capacitação “Cozinha & Voz”, da Organização Internacional do Trabalho, idealizado pela chef Paola Carosella em parceria com o Ministério Público do Trabalho.
Familiares de Dannelly desejam que o enterro seja feito no Pará, mas devido aos custos do translado, ainda não está confirmado que essa opção será viável. A Deputada Dani Balbi (PCdoB-RJ), 1ª parlamentar trans da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, está auxiliando a família para a liberação do corpo junto ao Instituto Médico Legal. A parlamentar destaca que é preciso que o Estado crie políticas públicas efetivas para defender a população LGBTQA+.
“Nós precisamos de políticas públicas na educação básica, começando pela conscientização sobre a diversidade desde bem cedo na educação básica, até a fase adulta. A Segurança Pública também precisa dar respostas mais efetivas. Precisamos de delegacias especializadas e combater o discurso de ódio, de intolerância, que é muito forte no Brasil”, comentou Dani.
Em 2024, foram 122 mortes de pessoas trans e travestis no Brasil. Esse número é 16% menor do que em 2023, período em que foram registrados 145 assassinatos.