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Brasília - 1 de julho de 2025 - 0:14h
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Delegados federais contra-atacam críticas de agentes da ABIN 

Charge por @izanio_charges
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Dias depois de os servidores da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis), que agrega os espiões da Agência, reclamarem da presença de policiais federais no órgão, e apontarem falta de cooperação entre as instituições, os delegados federais contra-atacaram numa nota na sexta (27).

No ofício, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) “manifesta seu veemente repúdio às manifestações e pressões indevidas” sobre a presença de delegados de PF na ABIN, e ressalta que a expertise dos mesmos é importante para os trabalhos.

“É inadmissível e desleal que a carreira seja alvo de ataques imprudentes que buscam diminuir suas competências e atribuições”. Ainda de acordo com a ADPF, “Esses profissionais têm contribuído decisivamente para a formulação e execução de políticas públicas, com reconhecida competência em diversas esferas da Administração Pública, inclusive no campo da inteligência de Estado”.

A Intelis se mobiliza para afastar o diretor-geral da Agência, delegado Luiz Fernando Corrêa, indiciado pela PF no caso da “ABIN Paralela” no Governo de Bolsonaro. 

E na próxima quarta (2), a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, presidida pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), realizará audiência secreta com o diretor-geral da ABIN, Luiz Fernando Côrrea. Os servidores da Agência planejam comparecer para pressionar por sua saída.

Confira a nota de repúdio da ADPF na íntegra:

Nota de repúdio

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta seu
veemente repúdio às manifestações e pressões indevidas por parte da União dos
Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis), que buscam questionar a
presença de Delegados de Polícia Federal em funções estratégicas na Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) sob a alegação infundada de que tais cargos não
deveriam ser ocupados por integrantes da referida carreira. É inadmissível e desleal
que a carreira seja alvo de ataques imprudentes que buscam diminuir suas
competências e atribuições.

Trata-se de uma narrativa equivocada, marcada por generalizações indevidas, que
desconsidera o preparo técnico, a qualificação jurídica e a experiência consolidada
dos Delegados Federais no exercício de funções de elevada complexidade, tanto
investigativa quanto de gestão. Esses profissionais têm contribuído decisivamente
para a formulação e execução de políticas públicas, com reconhecida competência em
diversas esferas da Administração Pública, inclusive no campo da inteligência de
Estado.

Delegadas e Delegados Federais atuam com excelência em posições de liderança em
órgãos federais, estaduais e internacionais. O atual Secretário-Geral da Interpol,
oriundo da Polícia Federal brasileira, é exemplo incontestável da projeção e do
prestígio da carreira no cenário global. Igualmente, é expressiva a presença de
Delegados Federais à frente de Secretarias de Segurança Pública e cargos
estratégicos nos governos federal, estadual e no Distrito Federal.

A ADPF reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da valorização e do
respeito às prerrogativas da carreira, rechaçando qualquer tentativa de desqualificação
institucional de seus membros, especialmente quando baseada em críticas que
ignoram a competência e a contribuição concreta desses profissionais. Continuaremos
atentos e atuantes na preservação do espaço legítimo ocupado por Delegados
Federais no fortalecimento das instituições do Estado brasileiro.

Brasília, 27 de junho de 2025
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)

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