Uma informação que circula nesta semana em gabinetes de políticos italianos e do Judiciário pode influenciar o Governo da Itália a repensar – ou flexibilizar – as fortes restrições sobre o direito à cidadania concedida por direito de sangue.
Dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que o país europeu pode perder mais de 4 milhões de habitantes em 25 anos – hoje possui 59 milhões.
A baixa natalidade é o principal fator. Em 2024, foram apenas 370 mil nascimentos. Já a emigração cresceu. Ano passado, 191 mil pessoas deixaram o país, 20,5% a mais em relação a 2023.
Moradora de Roma, Renata Bueno, brasileira ex-deputada no Parlamento da Itália e advogada doutora em direito internacional, afirma que é preciso rever as leis de imigração e investir em políticas públicas.
Os latinos e brasileiros foram os principais afetados com a nova lei da dupla cidadania – estima-se que o Brasil e países da AL tenham mais de 40 milhões de descendentes com o direito na regra anterior.