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Brasília - 10 de maio de 2025 - 0:37h

Ministério da Justiça aponta irregularidades e enquadra Unimed-Rio

Foto: Divulgação
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A Unimed-Rio virou uma bomba-relógio nas suas contas e nos seus atendimentos ao cliente, com risco de efeito destruidor na vida dos associados (pacientes e médicos). Há mais de ano a situação é crítica nos pagamentos a fornecedores e parceiros. Clínicas e hospitais conveniados – além de profissionais da saúde – já sabiam que uma hora a crise milionária viria à tona. A Coluna alertou numa nota há meses. Não deu outra. Nesta segunda-feira (5), veio o tom oficial de cobrança, e a pressão de cima: ninguém menos que o ministro da Justiça cobrou a empresa.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, determinou à Unimed-Rio que preste esclarecimentos sobre reiteradas condutas abusivas ao consumidor, dentro de 72 horas a partir da notificação apresentada hoje.

De acordo com a Senacon, desde julho de 2022 a “empresa lidera o pior atendimento ao consumidor, segundo o ranking da Agência Nacional de Saúde divulgado de outubro”: “Em julho, a Unimed-Rio esteve entre as dez operadoras de planos de saúde notificadas por indícios de reajustes abusivos. As investigações, ainda em andamento pela Senacon/MJSP, apontaram cobrança de aumento de até 133%, na comparação com o valor cobrado anteriormente”.

Para o ministro Anderson Torres, a apuração preza pela dignidade dos consumidores e proteção de seus interesses: “A saúde é direito social. Assim, os princípios que norteiam o direito do consumidor precisam ser respeitados e as operadoras devem ter a capacidade de solucionar os serviços e prestar assistência em todos os níveis”, afirmou.

A operadora pode responder processo administrativo e sofrer multa – com valor ainda a ser definido – caso não adeque os serviços ou preste as informações.

Em resposta à Coluna no fim da tarde desta segunda, a Unimed enviou este esclarecimento:

“A Unimed-Rio informa que o mercado de saúde suplementar sofreu graves impactos ao longo de 2022, afetando todos os planos de saúde. Principalmente aqueles que ainda oferecem planos individuais no mercado, já que esses produtos tiveram reajuste negativo em 2021. O mercado como um todo está lidando também com um forte movimento de retomada de procedimentos, que haviam ficado represados durante a pandemia de Coronavírus.

A cooperativa esclarece ainda que os reajustes dos seus planos seguem os índices acordados em contrato e estão dentro das práticas de mercado adotadas por todas as operadoras. Como o setor é extremamente competitivo, não há espaço para aumentos acima dos praticados pelo mercado.

Nos últimos anos a Unimed-Rio voltou a crescer e consolidou-se como uma das líderes do mercado carioca. Vem passando também por um profundo processo de ajuste em suas contas, que incluiu cortes de custos e a venda de ativos importantes, como a antiga sede da empresa. Neste momento de crise de todo o setor, a cooperativa informa que está implementando planos de ação para manter os níveis de qualidade pelos quais sempre foi reconhecida.”

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