O secretário Hugo Leal, que comanda a única secretaria de Economia do Mar do país, foi convidado para falar sobre a importância da criação da pasta no seminário “Economia Sustentável do Mar da Amazônia Azul”, do Ministério Público Federal, em Salvador, nesta sexta-feira (18/08). No painel “Economia do Mar enquanto Política Pública Estadual: Estudo de Caso da Primeira Secretaria de Estado no Brasil”, Hugo Leal destacou o pioneirismo da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, criada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no início do atual mandato.
– Não se pode pensar em desenvolvimento sem planejar ações relacionadas à energia e à economia do mar e levar em conta a sinergia que há entre os temas. O estado é o maior produtor de petróleo e gás, com 85% da produção de óleo e de 73% do gás nacional, e que são energia que vem do mar – disse Hugo Leal.
O secretário de Energia e Economia do Mar enumerou ações da pasta, como a criação do primeiro projeto-piloto de implantação de usinas eólicas offshore do país, a participação na coordenação estadual do Projeto Orla, auxiliando os municípios costeiros no planejamento de suas orlas, e a atuação na força-tarefa para a retirada de embarcações e carcaças abandonadas na Baía de Guanabara.
– A criação da secretaria demonstra o papel estratégico que a energia e a economia do mar têm para o Rio de Janeiro. O mar faz parte da essência do estado. Temos 636 km de litoral. Dos 92 municípios fluminenses, 25 são banhados pelo mar. São 121 mil empregos formais em atividades da economia do mar, como transporte marítimo, turismo costeiro, indústria naval, extração de óleo e gás, pesca e comércio atacadista de pescado, entre outros – afirmou Hugo Leal.
O secretário destacou ainda a importância de aproveitar oportunidades que vêm do mar, criando políticas públicas que fomentem setores como a pesca, indústria naval, turismo e esporte náutico, geração de energia renovável, além de extração de petróleo e gás. E lembrou que a criação da secretaria aproxima e garante a interlocução entre o Executivo e o segmento que, de fato, é quem conhece as reais necessidades e os gargalos do dia a dia, possibilitando o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes.