A ocupação dos plenários da Câmara e do Senado, que paralisou o Congresso por dois dias, vai gerar fortes críticas da base governista. Apesar disso, deputados do PT reconhecem a excelente coordenação da ação, o que abre um alerta para o precedente perigoso para o Governo e o Judiciário.
Parlamentares experientes do PT e PSB viram na mobilização uma demonstração de força incomum fora dos partidos de esquerda. Na Câmara, cresce a pressão para que o presidente Hugo Motta assuma posição mais clara. Nas negociações com líderes, ao ressuscitar Arthur Lira, ex-presidente e seu padrinho na poltrona, Motta ficou fragilizado.
O episódio gerou comparação com ações da esquerda em 2017, como a ocupação do plenário contra a prisão de Lula da Silva à época. Eis o novo desafio de Motta: provar que tem luz própria.