Fogueira acesa entre deputados estaduais. A União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), organização que representa os parlamentares das capitais do Brasil, com 1.059 afiliados, vai se reunir dia 10 de julho para decidir o cargo de diretor-geral.
A Assembleia do Amapá, outras sete Casas legislativas do Norte e Centro-Oeste e o vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), tentam emplacar o cientista político e jornalista Elpídio Amanajas. O cargo está vago, e só pode ser deliberado mediante consenso da diretoria executiva.
A Unale tem 29 anos e é presidida pela deputada estadual do Rio de Janeiro Tia Ju (Rep). Emissários da Unale notaram que, ao perceber a mobilização, Tia Ju tentou alterar o estatuto para extinguir o cargo e ter maior controle administrativo, o que pode causar reações internas.
Em resposta, a assessoria de Tia Ju informa que há uma proposta de reforma estatutária para extinguir o cargo, da gestão passada, e nega que haja movimento para impedir a nomeação. Esclarece que o cargo de diretor-geral “é de contratação direta, de natureza celetista, não estando sujeito a processo de eleição entre os parlamentares”.
A Assessoria da deputada Tia Ju, presidente da Unale, em 2ª nota enviada à Coluna, nesta sexta-feira, esclarece que:
“Não é verdade que a Diretoria Executiva da entidade irá se reunir no próximo dia 10 de julho para deliberar sobre a escolha de um novo diretor-geral.
Também não procede a informação de que o cientista político e jornalista Elpídio Amanajás tenha sido formalmente indicado para o cargo.
A respeito da suposta tentativa de alteração estatutária para extinguir o cargo de diretor-geral com fins de centralizar o controle administrativo, a assessoria reitera que não houve nenhuma iniciativa pessoal da presidente Tia Ju nesse sentido. Como já informado anteriormente, a proposta de reforma do estatuto da UNALE vem sendo discutida desde a gestão passada e segue tramitando regularmente dentro dos fóruns internos da entidade.
Por fim, a assessoria destaca que o cargo de diretor-geral da UNALE é de livre nomeação, com natureza celetista, e não está sujeito a processo de eleição entre os parlamentares, afastando qualquer especulação sobre manobras internas para impedir nomeações”.
A Coluna reitera que em nenhum momento afirmou que o cientista político e jornalista Elpídio Amanajás foi formalmente indicado para o cargo de diretor-geral da Unale. Somente citou que ele tem o apoio de seus pares para postular o cargo.