O presidenciável Alckmin já prepara o repertório para justificar o potencial naufrágio da campanha no 1º turno. Evitará assumir, sozinho, outra derrocada do PSDB nas presidenciais. Dirá que não teve o apoio de militantes, parlamentares e lideranças do partido nos Estados, e também dos líderes e militância do Centrão, que se debandaram.
As operações policiais contra dois de seus principais puxadores de votos (e coordenadores de campanha!) pesaram: A prisão do ex-governador Beto Richa (PR), pela Civil, e as buscas em endereços do ex-governador Marconi Perillo (GO) pela PF.
‘Mãos dadas’?
Com a derrocada da campanha de Geraldo Alckmin, caciques do PSDB se digladiam sobre os rumos do partido após o 1º turno. A discussão fica calorosa quando se fala em “possível aliança” com o petista Fernando Haddad para derrotar Bolsonaro (PSL) – ideia defendida abertamente, há semanas, pelo ex-presidente Fernando Henrique.
Parlamentares tucanos apontam que qualquer aproximação com adversários do PT daria sustentação ao discurso de Bolsonaro de que os partidos (PSDB-PT) são “farinha do mesmo saco”.