A derrubada do artigo que criava regras mais duras para o abono salarial na Reforma da Previdência, na votação do primeiro turno no Senado, pegou de surpresa e irritou ministros palacianos que receberam dias atrás, de aliados – entre eles o líder do Governo, Fernando Bezerra (MDB-PE) – a garantia de que o Governo teria votos para aprovar com folga o texto principal e derrubar destaques.
Conforme cálculos da equipe econômica, a medida (manutenção das regras atuais para o abono) reduzirá em R$ 76,4 bilhões a economia em 10 anos com a reforma. Além da derrota, ministros próximos a Bolsonaro estão preocupados com o atraso no calendário e a incerteza em relação à data da votação em segundo turno.