O anúncio do apoio da Frente Parlamentar Agropecuária à campanha de Jair Bolsonaro (PSL) escancara o abandono dos partidos do chamado Centrão à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Com atuação na Câmara e no Senado, a Frente é formada por 260 parlamentares. A grande maioria pertence a legendas do PSDB, PP, DEM, PTB e PSD.
Alguns destes vêm da frente suprapartidária de apoio a Bolsonaro, lançada por ele há dois meses, na Câmara Federal. Muitos são de partidos que têm candidatos ao Planalto.
A via Bolsonaro foi pavimentada pela presidente da Frente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que chegou a ser cotada para vice de Alckmin. Durante almoço com parlamentares da Frente, há um ano, Bolsonaro disse que, caso seja eleito, entregará o Ministério da Agricultura de “porteira fechada” para o setor indicar técnicos. E vai fundir a pasta com Meio Ambiente, vista como entrave em muitos projetos.
Em nota, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), Deputado Takayama, também oficializou apoio à candidatura de Bolsonaro. Com 199 deputados e quatro senadores, o grupo acredita que é o nome mais adequado para lutar pelas pautas defendidas pela bancada.