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Brasília - 11 de dezembro de 2024 - 5:57h
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As amigas do bancão

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Um caso que faria do Ministério Público um herói nacional, se for a fundo na trilha dessa mata repleta de armadilhas com o dinheiro popular.

Conta boa fonte do mercado ligada ao BNDES que as grandes empresas amigas e financiadoras do atual governo engendraram uma triangulação para ganhar dinheiro sem precisar se endividar com o bancão. Em suma, o financiamento vira doação.

Essas empresas pegam o empréstimo com o BNDES à vista – com valor bem superior ao que vão usar numa aquisição – e aplicam o restante em LTN (Letras do Tesouro Nacional). Como é um título de renda fixa e retorno garantido mensal, as empresas usam o lucro para pagar as parcelas do empréstimo ao… BNDES.

Um caso recente: um conglomerado tupiniquim conseguiu US$ 300 milhões do bancão para comprar uma empresa na Argentina, que lhe custou US$ 100 milhões. Com os US$ 200 milhões restantes, a empresa aplicou em LTN, cuja alta rentabilidade tem garantido não apenas honrar as parcelas do empréstimo como enche de bônus os bolsos de seus executivos.

A Coluna procurou a assessoria do BNDES com as seguintes questões:

Uma empresa com plano de financiamento aprovado pelo BNDES para aquisição de outra pode receber à vista um valor superior ao estabelecido? Se positivo, quais os critérios para isso? O BNDES, ao conceder um financiamento vultoso, para empresa nacional adquirir outra, deve acompanhar a transação, mesmo quando não sócio? O BNDES tem ciência de casos de aplicação de verba direta de financiamento adquirido por uma empresa em LTN?

A assessoria se resumiu a responder que não ficou clara a demanda. Talvez o MP, numa visita aos papéis do bancão, possa explicar melhor.

Mr. Palocci. Pode parecer provocação de opositor falada à boca pequena, mas fato é que até os próprios petistas da cúpula do partido estão intrigados. Há alguns meses Antonio Palocci mora em Londres, e suas atividades são um mistério. Certeza é de que, de lá, tem falado muito ao telefone com o ex-presidente Lula.

Palocci foi ministro da Fazenda de Lula, até cair por mandar violar o sigilo bancário de um caseiro de Brasília, e ministro da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, até cair, novamente, desta vez por uma compra de apartamento em São Paulo não condizente com seus ganhos (R$ 6 milhões, vale lembrar, é o custo de um sinal para o tipo de imóvel que escolheu).

O recente histórico de biografia de Palocci o inseriu no grupo da estirpe de José Roberto Arruda, o ex-governador de Brasília. É a turma do poder que não se regenera. Tal como Palocci, Arruda teve duas chances de cravar seu nome no Poder nacional, sem manchar a imagem. Em vão. Quando senador, afirmou na tribuna que não havia lido a lista do painel violado na votação que cassou Luiz Estêvão. Pego na mentira, renunciou. Numa reviravolta política e eleitoral, foi alçado a governador de Brasília em 2007. Vida nova, nova chance.. que nada. Foi filmado com dinheiro de caixa 2 e depois tentou coagir testemunha de operação policial. Sucumbiu novamente.

Ponto Final. ‘A inflação no Brasil permanece na meta (..) Buscamos a convergência para a meta inflacionária’ Presidente Dilma Rousseff, em Davos, no Fórum Econômico Mundial.

2 comentários em “As amigas do bancão”

  1. Senhores da “Coluna Esplanada” a oferta de assinatura fica difícil para mim, aposentado do Extinto-BANESPA. Em nov/2000 o Banco Santander ganhou de presente o Banespa, isto é, os 15 mil aposentados tinham aproximadamente cinco bilhões de reais para cobrir as aposentadorias. O Santander sumiu com o dinheiro e nos deixou de set-2001 a ago-2006 com “Reajuste ZERO”. Minha aposentadoria foi reduzida em 50%. Além disso, quando o INSS reajuste meu benefício, o banco reduz a Complementação que me paga. Isto é, o INSS me deu R$ 92,00 agora em Janeiro, e o banco deduziu do complemento que me paga. Não posso assinar esta Coluna.

  2. Por tudo que os Petralhas têm aprontado, só há uma solução: AS FORÇAS ARMADAS ASSUMIREM “JÁ”! Estamos vivendo uma Ditadura com nome de Democracia. Trabalhadores continuam morrendo no SUS. Ensino médio FRAQUÍSSIMO. Segurança, temos? Fora o PT, Militares no Poder”

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