Os créditos aprovados pelo Congresso na última semana para cobrir o calote dos governos da Venezuela e Moçambique junto ao BNDES podem ser apenas a primeira parcela do socorro do Governo à instituição financeira.
Entre 2006 e 2014, quando o Ministério da Fazenda estava sob o comando do petista Guido Mantega, o BNDES concedeu mais de 3 mil empréstimos e abriu financiamento para 20 obras no exterior tocadas por empresas enredadas na Lava Jato – como a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez.
O valor de várias obras bem como o pagamento dos empréstimos – como o Projeto Bayovar (Peru) e Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai) – são mantidos sob sigilo. Tramita no Senado proposta que acaba com o segredo das transações. Mas o PL 7/2016 está parado na Comissão de Constituição e Justiça.