Com forte contato diário com evangélicos – na frente parlamentar do Congresso ou com pastores no Palácio – o presidente Jair Bolsonaro (PL) acenou à Igreja Católica, da qual tradicionalmente tem apoio.
Bolsonaro foi à missa na Paróquia de Santo Expedito na Asa Norte, na terça-feira, e num templo lotado, soltou o que todos gostaram de ouvir: “Tenho um rito que faço há alguns anos: levanto-me, elevo o pensamento a Deus e peço a Ele que o nosso povo não experimente as dores do comunismo”, disse, seguido por um forte amém dos fiéis.
O presidente foi recebido por mais de 20 padres na sacristia para uma bênção, logo em seguida. A reaproximação do candidato com os católicos é um dos trunfos de seu staff para tentar diminuir a diferença diante da liderança de Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais.
Dentro da Igreja – que não toma lado oficial, evidente – o PT é considerado muito progressista, com candidatos cujas propostas vão de encontro às da CNBB, como a legalização do aborto.