A ministra Cármen Lúcia deixa a presidência do Supremo Tribunal Federal sem cumprir a promessa alardeada quando tomou posse do cargo há dois anos. Prometera rever as “extravagâncias” da magistratura como o auxílio-moradia. Não o fez.
A legalidade do pagamento do benefício chegou a ser discutida durante a gestão de Cármen Lúcia, mas foi retirada de pauta em março e se arrasta na Câmara de Conciliação da Advocacia-Geral da União.
Estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara Federal mostrou que, até agosto, a despesa com auxílio-moradia atingiu quase R$ 1 bilhão – foram R$ 973,5 milhões.
Mas numa manobra ‘tabajara’, em acordo com o Planalto, o STF topou acabar com o auxílio-moradia dos magistrados em troca do reajuste do salário para 2019.