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Caso Varginha: Secretário rebate ofício e convida ativistas de Direitos Humanos para operação policial

Foto: Divulgação/Pedro Gontijo/Imprensa MG
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Uma troca de ofícios entre o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública evidenciou o que já se sabe entre portas: a discrepância de pensamentos sobre a atuação da polícia e os direitos constitucionais de suspeitos, mesmo que comprovadamente bandidos.

Em ofício enviado ao Governo no dia 1º de novembro, o presidente do Conselho, o cientista social e filósofo Robson Sávio Reis Souza, cobra explicações do secretário de Segurança Rogério Greco sobre uma operação policial em parceria com a Polícia Rodoviária Federal.

E recebeu, nesta quarta-feira (3) uma resposta contundente em defesa dos policiais que , em confronto – segundo a PM – mataram 26 suspeitos em dois sítios em Varginha no último domingo.

“Compreendemos que o êxito de toda e qualquer ação de segurança pública, prerrogativa constitucional indisponível, deve se harmonizar com o princípio republicano e democrático, com os direitos fundamentais e com a dignidade da pessoa humana”, cita o presidente do Conselho de Direitos Humanos, questionando a ação do BOPE.

Na resposta, o secretário Greco detalha a operação, que, segundo conta, inibiu ação do bando em assalto a banco; cita também o arsenal bélico apreendido com o grupo.

“Para nós da segurança pública, ao contrário da sugestão presente na redação do mencionado ofício, uma ação bem sucedida é aquela na qual é evitada a prática de crimes, sem que qualquer de seus agente saia ferido ou morto”, escreve o secretário.

Greco ainda complementa que considera estranha a posição do Conselho em cobrar a polícia, e provoca os ativistas de direitos humanos:

“Seria de extrema valia, ainda, que os representantes do CONSEDH, numa outra oportunidade, deixando de lado teorias meramente acadêmicas, participassem de uma dessas operações especiais, para entenderem, como observadores, a realidade dos fatos, de forma a testemunharem que esses criminosos optam pelo confronto armado, ao invés de se entregarem à polícia”.

Por fim, o secretário finaliza o ofício também com uma cobrança: pediu ao Conselho que se manifeste se deu apoio moral à família de um soldado morto em confronto com assaltantes de banco em 2017.

O Conselho e deputados da ALMG se mobilizam para pedir investigação sobre a atuação do BOPE e da PRF na ação nos sítios em Varginha.

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