O “cada um por si” foi mais rápido do que o esperado. O Progressistas e o PL, que desfilaram aliados do Governo pela Praça dos Três Poderes por quatro anos, começaram a se despedir do atual inquilino do Palácio do Planalto sem constrangimento, com sinais verbais emitidos por expoentes.
Primeiro a cumprimentar o presidente eleito Lula da Silva (PT), o bolsonarista (por ora) deputado Arthur Lira (PP-AL) deu indicativo de que pretende se sentar com a bancada do PT pela sua reeleição em fevereiro.
Do Palácio, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, controlador do Progressistas, nem esperou um silencioso presidente Jair Bolsonaro reconhecer a derrota, e já avisou que vai tocar o grupo da transição para a volta da administração do PT.
E dono do PL, partido ao qual Bolsonaro se filiou para disputar a reeleição, avisou a Lula que está esperando um sinal de apoio para colocar à disposição sua forte bancada de 99 deputados federais eleitos. Aliás, Valdemar é lulista há mais de 20 anos, desde quando emplacou José Alencar como vice do Barba num consórcio com o então PR e a Igreja de Edir Macedo.
Seria questão de pouco tempo o rompimento de Valdemar e Bolsonaro. Como publicou a Coluna na versão impressa do fim de semana, o presidente cobra fidelidade do cacique, que elegeu uma bancada “valdemariana”, e não bolsonarista.