O PP, PR e outros partidos do Centrão começam a ‘botar a faca’ no Governo de Transição e no presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), atrás dos cargos estratégicos para sobrevivência de seus quadros partidários – praxe de sempre há governos.
Embora Bolsonaro tenha já fechado a lista ministerial com nomes mais técnicos – e muitos militares – esses partidos não desistem das vagas em segundo e terceiro escalões e comando de poderosas estatais.
Para não entrar Janeiro com uma crise no Congresso, Bolsonaro tem recebido as bancadas para conversar – até porque precisa da maioria para manter a governabilidade.
Nesta quarta (12), Bolsonaro recebe a turma do PP. O partido, ao qual o presidente eleito já foi filiado, perdeu a pasta da Saúde para o DEM e busca emplacar aliados em cargos de segundo e terceiro escalão nos ministérios e nos estados. Na última semana, Bolsonaro tratou de cargos e temas afins com o PR, legenda do ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no processo do mensalão do PT.
Previdência
O tamanho da base aliada que está sendo costurada pessoalmente por Bolsonaro e o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, irá definir a estratégia do novo Governo para tentar aprovar a reforma da Previdência.
A equipe econômica da Transição se divide entre manter o texto do Governo de Michel Temer, que já está pronto para votação no plenário da Câmara, ou fatiar a reforma.