Engana-se quem esquadrinha a ida do general Fernando Azevedo para o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, como um aceno às Forças Armadas ou amparo a eventual decisão polêmica. Toffoli sabe onde pisa. Literalmente – e um caso recente justifica o emprego do militar.
O ministro teme grampos, escutas e arapongas disfarçados de visitantes na Corte. Até hoje a Secretaria de Segurança do STF e a Polícia Federal não descobriram quem instalou uma escuta ambiental na caixa de cabos de energia, debaixo da mesa do gabinete do ministro Luís Barroso, descoberta já inativa, como revelou a Coluna há dois anos.
Há forte suspeita de que o alvo foi o ministro recém-aposentado Joaquim Barbosa, relator do Mensalão do PT, e ocupante antecessor do gabinete de Barroso.
Não foi por acaso que Dias Toffoli cantou Legião Urbana com ênfase ao trecho “temos nosso próprio tempo” na festa de sua posse.