O Congresso Nacional aprovou, sem alarde, a Emenda Constitucional nº 105/19, que prevê o pagamento de no mínimo 60% das milionárias emendas impositivas indicadas por deputados e senadores para obras em suas bases, até o fim do primeiro semestre.
É uma manobra regimental que lhes garantiu o ganho eleitoral para apoiar prefeitos e vereadores nas campanhas eleitorais de 2020 – e estes são os melhores cabos eleitorais dos parlamentares para a disputa de 2022.
Fato é que a partir de 1º de Julho, por lei, em razão das campanhas eleitorais, os repasses ficam travados até fim de novembro, quando estima-se o fim dos eventuais segundos turnos das eleições municipais em cidades com mais de 200 mil eleitores.
É indicativo (apenas) de que muita obra vai aparecer na praça. A fatura está com o povo, que deve fiscalizar o dinheiro.