O pedido de prisão do blogueiro Allan dos Santos, conhecido apoiador do presidente Jair Bolsonaro no portal Terça Livre – e suas páginas similares nas redes sociais – abrange também, na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o corte imediato de repasses financeiros dos seus canais pelas conhecidas plataformas das redes sociais que ele usa para se promover.
O ministro intimou as direções do Google, Twitter, Facebook e Instagram a enviarem, em até 20 dias, os dados de pagamentos feitos a Allan dos Santos.
Allan, que está nos Estados Unidos, terá de ser extraditado. Alexandre de Moraes já acionou a Polícia Federal para encontrá-lo, prendê-lo e trazê-lo ao Brasil. A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília já foi comunicada e também o Superior Tribunal de Justiça, para tradução da decisão para a língua inglesa e remessa ao FBI.
O blogueiro é investigado no inquérito que o ministro comanda na Corte sobre ataques às instituições democráticas e disseminação de fake news.
No mesmo inquérito já foram presos o jornalista Oswaldo Eustáquio e continua detido o presidente do PTB, Roberto Jefferson, apoiador de primeira hora de Bolsonaro.