A delação do famigerado doleiro Lúcio Funaro foi anulada pelo ministro do STF Edson Fachin mês passado, contam fontes do Judiciário. Em março, a Procuradoria Geral da República e o MP entraram com o pedido junto ao gabinete do juiz. O processo corre em sigilo.
Desde então, a defesa de Funaro tentou insistentemente medidas procrastinatórias, sem sucesso. O próximo passo é “enquadrar” o delator, sob risco de ele voltar à cadeia. Essa medida muda o jogo para Eduardo Cunha, um dos principais prejudicados pela delação e já absolvido. Porque abre caminho para ele processar a União. É outra derrota da Operação Lava Jato.
Em contato com a Coluna nesta segunda-feira (26) à tarde, a defesa de Funaro enviou a seguinte nota: “O escritório Pedro Jaguaribe Advogados e Associados, na condição de representante do Sr. Lúcio Bolonha Funaro, esclarece que as notícias veiculadas (…), as quais fazem menção a anulação da colaboração premiada
de nosso cliente (Sr. Lúcio Funaro) não são verdadeiras. Não é demais relembrar que o processo em curso perante o Supremo Tribunal Federal encontra-se gravado de sigilo, de modo que esta defesa não irá se pronunciar sobre qualquer assunto a ele relacionado (…)”. A defesa alega ainda que Funaro está à disposição para colaborar com a Justiça. A reportagem ratifica que ouviu de três diferentes fontes do Judiciário o supracitado.