Ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o procurador Edison Garcia afirma que, uma das medidas emergenciais para solucionar a crise no órgão, seria a convocação remunerada de servidores (técnicos e analistas previdenciários) aposentados. À Coluna, Garcia diz que alertou a equipe econômica do governo de transição sobre a falta de pessoal do INSS. O procurador também pediu ao Ministério do Planejamento, em 2018, a realização de concurso público, mas a solicitação foi negada.
Segundo o ex-presidente do INSS, o órgão hoje precisaria de cerca de 3 mil servidores para atender à demanda. Garcia lembra que o Instituto já teve 50 mil funcionários. Em 2018, reduziu para 33 mil. Atualmente, tem 23 mil.
Mais de 30 entidades vinculadas ao Fórum das Carreiras de Estado reagiram à convocação de sete mil militares para reforçar o atendimento no INSS. Os servidores defendem, “como solução temporária para a crise, a convocação, via abono de permanência, de servidores aposentados”.
O general Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, também é contra a convocação de militares para o INSS: “Não tem cabimento. Colocar militares para qualquer coisa é simplismo, falta de capacidade administrativa”.