Os três candidatos da lista do Ministério Público Federal têm perfil de centro-esquerda, na análise de ministros palacianos, o que pode ajudar a recondução de Raquel Dodge para o comando da Procuradoria Geral da República.
Já nos corredores do MPF, o que se diz é que o mais votado na lista tríplice, Mário Bonsaglia, é ligado ao PT e até ficou deprimido quando o José Dirceu foi preso pela primeira vez. Luiza Frischeisen é pela extinção da Justiça militar, partidária do ativismo Judicial. Blau Dalloul foi secretário do ex-PGR Rodrigo Janot, tido como Dilmista dentro do MP, e teria se declarado contra Jair Bolsonaro na campanha presidencial.
Mas Dodge também balança no cargo, por ser partidária da ideologia de gênero, na visão do Planalto. A despeito do perfil, Bonsaglia está no páreo e até visitou o Palácio. Corre por fora um nome que pode ganhar destaque, o de Marcelo Weitzel. O presidente Bolsonaro não é obrigado a escolher o mais votado da lista, ou segui-la.
Atualizada 24/06, 16h45 Embora o Planalto a veja com restrições, a conselheira do CNJ, Luiza Frischeisen, candidata na lista tríplice, garante que defende a Justiça Militar e já citou isso em seminário. https://bit.ly/31Ri1Wu
Atualizada 25/06, 13h42 O procurador Mario Bonsaglia, que encabeça a lista tríplice do MPF para procurador-geral da República, procurou a coluna na noite desta segunda (24) para dizer que pessoas “mal intencionadas, objetivando desconstruir a lista” passaram “afirmações totalmente inverídicas” sobre eventual ligação sua com o PT.
Reforça que atua na área criminal desde 1991, inclusive combate à corrupção, “nunca formulando qualquer juízo de valor sobre partidos ou políticos”.