O nome de Josmar Verillo, ex-executivo da empresa indonésia Paper Excellence, voltou a estar ligado ao STF nesta semana. O empresário ficou notório por suas agressões verbais nas redes sociais contra os ministros da Corte, que ele já classificou como “corruptos”, “aproveitadores”, “eunucos morais” e “aliados da criminalidade”, entre outros adjetivos.
Agora, o nome de Verillo está em um processo sobre a mesa de Dias Toffoli, um dos ministros contra quem ele já desferiu ofensas como “decrépito”, “canalha” e “facínora”, “que deveria estar nas masmorras e não jogando a sociedade na lama”.
A petição em questão foi apresentada pela J&F Investimentos, que pediu a Toffoli a extensão de medidas concedidas a outras empresas atingidas pela Lava-Jato para ter acesso às mensagens de Telegram trocadas por procuradores na chamada Vaza-Jato. Enquanto analisa as provas, a empresa pediu também que o STF suspenda o vencimento de parcelas da multa de seu acordo de leniência e a conclusão de negócios que foi forçada a realizar a preços desfavoráveis em decorrência da assinatura do acordo.
A J&F vê indícios que nessas mensagens há provas de que ela foi vítima de ilegalidades na negociação da sua leniência.
É aí que entra Verillo, o primeiro representante da ONG Transparência Internacional no Brasil. A ONG atuou como parceira do Ministério Público na negociação de acordos de leniência como os da Odebrecht e da própria J&F e queria ficar com os recursos pagos pelas empresas como gestora de fundações sociais. A ideia não prosperou, mas a J&F cita que foi forçada a vender ativos para atender as exigências do MPF na negociação. Entre os ativos, a Eldorado Celulose, comprada justamente pela Paper Excellence.
A Coluna ainda não conseguiu contato com Verillo.