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Exército em alerta com MST e protestos

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O Centro de Informações do Exército, núcleo de inteligência da Força, monitora com atenção redobrada as recentes e intensas ocupações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nos Estados, e também de olho nas manifestações populares programadas para hoje, pró-governo, e para domingo, contra o Governo.

Há suspeita de que os Black-blocs e baderneiros possam se infiltrar nas três frentes – nos acampamentos e nas manifestações. Além disso, o Exército descobriu novas táticas do MST: uso de crianças e mulheres em invasões, como escudos para intimidarem eventual reação das Polícias Militares ou Forças Armadas.

Entre generais há ideia de que a qualquer hora terão de enfrentar o ‘Exército Vermelho’ de João Pedro Stédile. A inteligência do Exército já mapeou quem é quem no comando dos sem-terra em todos os Estados e pode trabalhar em parceria com as PMs para detê-los em caso de desordem.

Questionado sobre o monitoramento, o MST não se pronunciou. A assessoria do Exército informou que ‘pauta suas ações conforme o previsto na Constituição’, e que ‘a Força faz o acompanhamento da conjuntura nacional’.

1 comentário em “Exército em alerta com MST e protestos”

  1. Rogerio Maestri

    Exército monitorando os movimentos sociais. Seria tão ruim assim?
    Saiu uma notícia que de onde partiu tem que ser relativizada, porém vejo mais de forma positiva o resultado que teria este monitoramento do que algo negativo, pois a história já demonstrou que o real conhecimento das situações de vida do povo brasileiro, não gerou um movimento de direita, mas sim o TENENTISMO.
    Fico muito feliz que o Exército Brasileiro esteja monitorando os movimentos sociais e espero que este monitoramento seja o mais próximo possível destes movimentos.
    Podem até pensar que estou ficando louco, porém o exército brasileiro na sua base, soldados, cabos e sargentos, tenentes e capitães é composto na sua maioria de pessoas que ou vem das classes mais desfavorecidas da população brasileira, no caso dos soldados e suboficiais, ou da pequena classe média no caso de oficiais.
    Diferentemente da constituição do exército em outros países, o exército brasileiro tem suas origens não na oligarquia rural ou urbana, pois esta oligarquia não acha a função do mesmo como algo que dê algum status que eles acham que merecem. Posso dizer isto com certeza, pois minha família por parte materna era constituída basicamente por militares, que com o golpe de 1964 teve uma ruptura com as forças militares e ninguém mais entrou para o exército.
    Agora olhando historicamente para este exército nacional, vemos claramente que na sua história os elementos nas primeiras fases da ascensão na carreira e os suboficiais e soldados, quando se aproximaram do povo geraram, por exemplo, a negativa destes em perseguir escravos fugidos no fim do império e de formar o movimento tenentista na República Velha.
    À medida que os militares ascendem na carreira e assumem postos mais elevados são mais bem aceitos nos meios mais oligárquicos, mas sempre com reservas, e começam a assumir posições mais conservadoras.
    Assim sendo fico alegre em saber que as forças do exército estão tomando contato com os movimentos sociais, pois a melhor forma de se deixar de odiá-los é através do conhecimento dos mesmos. Inclusive quanto maior for à infiltração dos serviços de segurança do exército nos movimentos sociais melhor será o conhecimento do “inimigo”, criando desta forma uma visão mais clara e sem preconceitos dos motivos das lutas e a “cara” de seus militantes.
    Acho que a ideia de infiltrar nestes movimentos sociais militares para monitorá-los pode ser muito mais um chamado tiro pela culatra das oligarquias brasileiras do de uma defesa das mesmas, o dia a dia, junto a estes movimentos dará a verdadeira face do Brasil e criará empatia mais do que rejeição.
    Se os movimentos sociais forem devidamente infiltrados e monitorados, não acharão no meio deste nada mais do que eles são, movimentos de resistência popular a opressão as mesmas oligarquias que no Império queria que as forças armadas da época servissem de capitães do mato, e que na república velha queriam que o Exército salvassem as elites oligárquicas da época na sua sanha de saquear o país.
    Espero que os movimentos sociais recebam de braços e corações abertos estes infiltrados, pois o que resultará nisto certamente será mais positivo para estes movimentos do que negativo, a gênese de todos os exércitos populares que surgiram no mundo sempre foi de elementos das próprias forças armadas destes países, que longe de uma doutrinação ideológica intensa e não provindo das castas oligárquicas compreenderam o povo que juraram defender.

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