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Brasília - 4 de dezembro de 2024 - 9:29h
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Família de novo ministro responde por trabalho escravo e fraude financeira

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Os irmãos Eduardo e Armando Monteiro Neto há anos não se bicam, mas não esperavam que as pendências judiciais da família e suas sociedades viessem à tona agora que o segundo tornou-se ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Um dos processos envolve justamente o BNDES, um dos principais braços do MDIC que será comandado por Monteiro Neto.

Seu irmão Eduardo Monteiro responde a ação penal no STJ por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, sobre a quebra em 2005 do Banco Mercantil de Pernambuco, controlado por ele e no qual o agora ministro tinha assento no Conselho.

As acusações vão de gestão temerária a fraude documental, passando por empréstimos suspeitos à Destilaria Gameleira (hoje Araguaia), do grupo de Eduardo – a propriedade rural no interior do Mato Grosso já foi palco do maior flagrante de trabalho escravo do País (mil liberados), em uma das quatro operações do Ministério Público na usina entre 2001 a 2009.

SEGURA, BULHÕES

A situação é tão delicada para o irmão do ministro no caso do Mercantil que seu advogado é um dos maiores criminalistas do País, Nabor Bulhões.

O processo sobre fraude financeira ocorre desde 2005 na Justiça Federal da 5ª Região e chegou ao STJ. À ocasião da denúncia, anos atrás, o procurador da República Anastácio Tahim denunciou 19 pessoas, entre eles Eduardo e o ministro Monteiro Neto.

Armando Monteiro foi excluído do processo porque conseguiu provar que não tinha ligação com o banco, curiosamente apesar do assento no Conselho..

Eduardo Queiroz foi procurado e até o fechamento da Coluna a assessoria não se pronunciou. Por várias vezes o agora ministro disse que não comenta casos do banco.

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