Alertas sobre a precariedade na fiscalização nos portos e aeroportos brasileiros foram ignorados pelo Governo. Um deles, do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), foi protocolado no Palácio do Planalto no fim de janeiro. O ofício endereçado ao presidente Jair Bolsonaro já pedia reforços na fiscalização sanitária da Anvisa.
“Informamos que a situação é gravíssima, no caso do aeroporto de Guarulhos, onde há apenas um plantonista”, registra o documento no qual o sindicato também cobra “a realização de concursos públicos para a Anvisa, de forma regional para localidades onde se encontram portos, aeroportos e fronteiras”.
Nos últimos anos, caíram os investimentos em controle sanitário de portos, aeroportos, fronteiras e alfândegas. Em 2019, foram R$ 45,8 milhões – pouco mais da metade do investimento de 2018, de R$ 82,8 milhões.