O presidente da Câmara, Arthur Lira, se reuniu ontem com o deputado Elmar Nascimento (União-BA), rifado para a sua sucessão, para evitar qualquer ruído entre eles. Não haverá crise, garante quem sabe do que houve. Mas a pressão total veio de outra frente.
Os 20 maiores empresários do País – numa lista que circula no Congresso, que fez o ranking – telefonaram insistentemente para Lira desde terça, pressionando para que vote o PL 1.847/24, que mantém regime de tributação especial sobre a folha de pagamento, iniciado na pandemia da Covid. A correria foi grande porque dia 20 fecha-se o mês fiscal e os impostos podem vir com a carga toda.
Surtiu efeito. Na terça, a Casa aprovou urgência da proposta em plenário, e Lira prometeu incluir na pauta ontem. Essa turma de patrões representa 17 setores e emprega centenas de milhares de trabalhadores.
Pela proposta acordada (já aprovada no Senado), mantém-se regime gradual de tributação da folha deste ano até 2027, saindo de 1% a 4,5% atuais de contribuição social da receita bruta, até os 20% do INSS, como manda a lei.