Mais e mais brasileiros buscam a dupla cidadania – principalmente a italiana. De olho na solução para a problemática e extensa burocracia nestes processos, os irmãos brasilienses Rodrigo e Rafael Gianesini, egressos do setor de Tecnologia da Informação, criaram um aplicativo para atender 100% das etapas digitalmente. E deu super certo.
A Cidadania4U, aberta em 2019 numa pequena sala, acaba de inaugurar sede própria e ocupa 2 mil metros quadrados num shopping em Águas Claras, em Brasília. Emprega 500 colaboradores, abriu escritórios em Montevidéu, tem parceiros em Roma, e oferece os passes para a Itália, Espanha, Portugal. A dupla cidadania alemã é o próximo serviço a ser ofertado.
Os Gianesini já atenderam mais de 30 mil pessoas – com 100% dos processos aprovados. O faturamento da pequena startap saltou de R$ 20 milhões, no 1º ano, para estimados R$ 150 milhões neste 2024. A empresa, porém, não é só movida a bons (e chamativos) números. A dupla investe pesado na cultura da firma. A sede conta com sete psicólogos para atendimento exclusivo a funcionários, uma nutricionista, sala de amamentação para mães que queiram levar os bebês, refeitório e lounge de reuniões & descanso. A produtividade cresceu exponencialmente, conta Rodrigo: “Um colaborador atende hoje, em média, 26 famílias por mês. Com tecnologia e trabalho de cultura fortes, eles vestem a camisa”.
Questionado sobre o segredo de ter 100% dos processos aprovados, Rodrigo é taxativo: a empresa não entra em aventuras. Todo o processo é previamente analisado, para terem ciência da documentação necessária – “Já recusamos uns 30 pedidos” – e minuciosamente acompanhado por assistentes aqui e junto aos escritórios de representação. “Prezamos muito pela qualidade e transparência”.
O Cidadania4U lidera hoje o mercado de pedidos de dupla cidadania dos brasileiros na Itália. A estimativa de atendimentos para este ano ultrapassa 30 mil processos. O avanço foi tamanho que mais de 60 advogados de diferentes capitais contratam os serviços da dupla e ou se tornaram parceiros nos requerimentos. O grupo vai investir na marca BeCivis para internacionalizar os serviços na demanda de cidadãos de outros países. Montevidéu tornou-se um laboratório, começa com cinco empregados. “Devemos chegar a 30 colaboradores na unidade do Uruguai”. Mas os serviços serão concentrados em Brasília.