Os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (que não foi) e Rodrigo Pacheco, respectivamente, usaram a COP27 para fazer campanha pela reeleição aos cargos. Foram convidados para comitiva ao Egito 20 deputados de 14 partidos, e 13 senadores de nove partidos, todos escolhidos, nomes influentes em suas bancadas. O afago mira votos de parlamentares para a eleição em fevereiro.
Ambos telefonaram para os colegas, fazendo questão de dizer que foram seus convidados pessoais – e o passeio pago com verba pública (o reembolso da diária chega a US$ 500). Só foi chamado quem se reelegeu para o Congresso.
Lira deixou para trás o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Pedro Vilela, que perdeu a eleição e será um voto a menos. Ele atuou tão forte que redirecionou da Secretaria de Relações Internacionais para a Presidência da Câmara a organização do passeio, que rendeu cenas grotescas como a do deputado Fabinho Ramalho, de calça jeans e chinelos, na foto com o presidente eleito Lula.