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Morre Luiz O., o ‘12º ministro’ do STF

Foto: Reprodução/STF
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Ele saiu de fininho da redação na última semana de dezembro, como era de seu perfil, pisando macio sem fazer barulho, sempre discreto até para respirar. Foi cuidar da saúde e não voltou. Sua partida, sem o adeus, parece a melhor sintonia de uma sentença divina sob notas de um jazz silencioso.

Luiz Orlando Carneiro começou a carreira em 1959 como repórter setorista no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Isso mesmo. Havia esse trabalho. Ele e Elio Gaspari – contou certa vez a este repórter aprendiz – de pé ou sentados no desembarque internacional esperando famosos para noticiar nas páginas dos diários da época.

Luiz O., como era conhecido entre os amigos em Brasília, foi um senhor repórter. Um gentleman das redações, um lorde da comunicação que desfilava como um magistrado entre os togados. Não à toa um dia o titulei na redação de 12º ministro do STF. Com notório saber do que escrevia sobre o Judiciário que cobria – e muito bem – foi incansável repórter, redator, editor. Abrilhantou as páginas do JB e da Gazeta Mercantil, também. Era tão respeitado que, em 2008, quando completou 50 anos de carreira jornalística, recebeu no comitê de imprensa a visita de metade dos ministros do Supremo. Foi um paizão para todos os jornalistas que por ali passaram.

Bacharel em direito, nunca exerceu a profissão – preferiu a estreia no estágio no Jornal do Brasil, de propriedade dos parentes Carneiro, na década de 60. Destacou-se por anos na cobertura do Judiciário e do jazz – era um craque – no JB, até aceitar uma poltrona na redação do Jota.info em 2014, que hoje noticiou sua partida.

Luiz O. saiu de fininho da redação na última semana de dezembro, como era de seu perfil, pisando macio sem fazer barulho, sempre discreto até para respirar. Foi cuidar da saúde. Sua partida, sem o adeus, parece a melhor sintonia de uma sentença divina sob notas de um jazz silencioso.

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