O parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da indicação do subprocurador Antonio Augusto Aras ao comando da Procuradoria Geral da República, é um misto de elogios à biografia e citações de apoio externo ao candidato escolhido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Em alguns trechos, o senador cita a longa biografia como advogado, professor e a carreira dele no Ministério Público Federal. Há curiosidades, como destaque, consta nas palavras do senador, para o apoio formal da Federação das Indústrias de São Paulo e o da Associação Comercial da Bahia.
Há também as ligações familiares com o MP. A esposa de Aras, Maria das Mercês de Castro Gordilho Aras, é também Subprocuradora-Geral da República, assim como o primo Vladimir Aras, que exerce o cargo na 1ª Região.
Chama atenção o fato de o eventual futuro PGR – que será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e depois escrutinado no plenário Casa Alta – ser requerente em oito processos na Justiça. Entre eles, contra as prefeituras de Feira de Santana e de Salvador, sua terra natal, por cobrança abusiva de valores de IPTU, segundo cita o relatório do senador Braga.