Diante da dificuldade de levantar votos para aprovar a reforma da Previdência, o Palácio do Planalto vai intensificar as negociações na Câmara com as frentes parlamentares.
Desde o governo de transição, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem priorizado a interlocução com o Congresso por meio desses grupos de políticos de vários partidos que defendem temas específicos.
Umas das frentes mais atuantes na Câmara e no Senado, a Agropecuária declarou esta semana apoio ao texto da reforma da Previdência, embora alguns integrantes da bancada defendam alterações pontuais na proposta.
Além da bancada ruralista, o Planalto espera que outras frentes fortes – como a da segurança e a evangélica – fechem apoio ao texto em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A relação do Governo com as duas frentes, no entanto, não está afinada. A bancada da bala, por exemplo, tem defendido a equiparação de alterações propostas aos militares das Forças Armadas com o de carreiras semelhantes – como as forças auxiliares de segurança.
Já os evangélicos não economizam críticas à falta de dialogo e apontam falhas na articulação política do Governo. A bancada – que soma mais de 170 parlamentares – foi a primeira a apoiar Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha à Presidência.