O ex-senador Gilberto Miranda oferecia caronas em seu jatinho Citation VII como afago para os servidores cooptados no esquema de fraude em pareceres, em benefício de suas ilhas no litoral paulista. O principal detido na operação Porto Seguro, Paulo Miranda (ex-diretor da ANA), viajou seguidas vezes com o empresário. Certo dia Miranda o esperou irritado por quase uma hora dentro do avião na pista. Dia 31 de Outubro a PF flagrou a servidora Evangelina Pinho, da Secretária de Patrimônio da União (SPU), desembarcando junto com Miranda no Aeroporto de Congonhas (SP).
TSUNAMI. Na véspera, segundo a PF, Evangelina se encontrou com o empresário em Brasília para combinar nota técnica (Proc. 10880017906/0087, na SPU) que beneficiava a posse de sua ilha em Ilhabela.
À DISTÂNCIA. Gilberto Miranda foi senador por seis anos, a partir de 92, sem um voto sequer e sem nunca morar no Amazonas. Era suplente de Amazonino Mendes, que se elegeu prefeito de Manaus.
O CHEFÃO. Miranda não foi preso. Ele fez fortuna com industriais na Zona Franca. Há indícios de que é um dos donos do cassino Conrad, no Uruguai. É visto na primeira fila em lutas de boxe internacionais.
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