A manutenção da taxa Selic pelo BC é apenas parte do script de um cenário temeroso. A grita do presidente Lula da Silva sobre a taxa de juro que pode frear o crescimento do Brasil é jogo para a plateia. Fato é que a conta da pandemia da Covid-19 chegou.
O Brasil está endividado (mais de 65% da população ativa) e quase metade deles inadimplentes. A constatação entre portas dos banqueiros é de que o crédito facilitado nos dois anos da pandemia criou um problema maior.
O mercado não reaqueceu a tempo de o boleto aparecer na mesa do cidadão. Bancos seguram o crédito para a bolha não estourar. Sinais aparecem na praça, como o pedido de recuperação de grandes empresas e o recuo forte da venda de carros no 1º bimestre. Só no Paraná, bom mercado de automóveis, houve queda de 40% nos financiamentos de dois bancos.