A prisão do assessor especial Mateus Von Rondon reforçou a pressão para que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro (PSL), partido do presidente Jair Bolsoaro, peça demissão para evitar desgaste ao Governo.
Foram presos, também, Roberto Soares, um dos coordenadores da campanha de Álvaro, e um ex-assessor dele na Câmara Federal, Haissander Souza de Paula. Parlamentares do próprio PSL e de partidos aliados afirmam, em conversas reservadas, que um pedido de demissão ou afastamento do ministro representaria “saída honrosa”.
Além de Minas Gerais, as investigações da PF e do MPF sobre o laranjal do PSL avançam no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O que se sabe na alta roda é que Bolsonaro tem dívida pessoal com o agora ministro: foi Marcelo Álvaro um dos que salvou sua vida logo após o atentado de Juiz de Fora.
Álvaro é como aquele soldado que carrega o amigo ferido de morte no front campo de batalha, com todos os riscos. Bolsonaro é fiel a esse pensamento. Mas a paciência se foi.