Defendida no plano de governo do candidato derrotado do PT à presidência, Fernando Haddad, a autonomia do Banco Central enfrenta resistência do partido na Câmara dos Deputados. A bancada é a terceira maior do Parlamento.
Dois projetos tramitam no Congresso Nacional. Um deles, enviado pela subchefia de assuntos parlamentares do Palácio do Planalto (PLP 112/19) poderá ser votado após o Carnaval, segundo previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A bancada petista, liderada pelo deputado Ênio Verri (PR), sustenta que o BC já tem “bastante autonomia”.
Verri também afirma que “o Banco Central não sofre nenhuma intervenção do dirigente do país, não importa qual a linha ideológica, se de esquerda, direita, ou de centro”. Conceder a autonomia, complementa, “será a absoluta subordinação da economia brasileira aos interesses das bolsas de valores”.
Mandatos
Entre outros pontos, o projeto cria mandatos para o presidente e para os diretores do Banco Central. O relator, deputado Celso Maldaner (MDB-SC), alterou o texto para assegurar o mandato do atual presidente do BC e de mais dois diretores até de 2024.