Não é segredo mais para a Polícia Federal. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, não tocou no assunto em seu depoimento nesta semana, mas uma fonte da coluna garante que investigadores já sabem de um “quartel-general extraoficial” pela tentativa de armar um golpe para que Lula da Silva não tomasse posse em janeiro.
Segundo relatos, após a derrota no 2º turno da eleição, assessores do então presidente Jair Bolsonaro visitaram por algumas noites um importante ministro palaciano em seu apartamento no bairro do Sudoeste, a poucos quilômetros da Esplanada, a portas bem fechadas. Os celulares eram deixados em caixa com um ajudante na portaria.
Não houve participação de integrante da cúpula das Forças, mas em duas delas oficiais de alta patente apareceram. A única pauta era buscar, na Constituição, ou até fora “das quatro linhas”, argumentos e planos para evitar a posse de Lula como presidente da República. A turma aloprada se desmobilizou quando Bolsonaro decidiu viajar para Orlando.