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Reforma a conta-gotas

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Além da gripe de dois dias pós-praia que derrubou a presidente Dilma Rousseff, aquartelada no Palácio da Alvorada, outra certeza começa a rondar os ministros-candidatos prestes a sair: a minirreforma ministerial, ao que tudo indica, será a conta-gotas, e não de uma leva só como muitos imaginavam.

A presidente Dilma começou na Segunda a acionar os ministros, através de Giles Azevedo, seu secretário particular no Planalto. Ela convocará cada um para reunião a sós. A ideia é negociar a saída a granel, até abril, para evitar crise de ciúme na base, e haver tempo para que os que partem possam indicar seus substitutos para análise.

A locomotiva do primeiro escalão governista leva vagões com uma carga complexa de articulações que podem descarrilar a base se a freada for brusca. De imediato, até dia 30 de Janeiro, prevê-se, deixam os cargos os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Saúde, Alexandre Padilha – respectivamente candidatos petistas aos governos do Paraná e São Paulo. Para seus lugares, vão Aloizio Mercadante – para ficar bem próximo da chefe – e a atual secretária-executiva da Saúde, Márcia Amaral, por ora, até Dilma acalmar ânimos e acomodar um político que satisfaça partidos.

Uma vez na Casa Civil, a se concretizar a ida de Mercadante, abre-se uma vaga importante na Esplanada. O Ministério da Educação pode cair nas mãos do PMDB, e um dos mais cotados é o deputado federal Gabriel Chalita, apadrinhado pelo vice Michel Temer. Há muito Chalita está de olho na vaga. Ou continuar nas mãos do PT.

São pelo menos oito ministros-candidatos que deixarão suas pastas rumo às disputas para a Câmara, Senado ou Governo. Entre eles Fernando Pimentel (Desenvolvimento Econômico), que disputará o governo de Minas; Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Gastão Vieira (Turismo), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) concorrerão à reeleição para a Câmara; Marcelo Crivella (Pesca), que tentará o Palácio Guanabara no Rio.

João Paulo & Depressão. Dentre os mensaleiros petistas condenados na ação penal 470, o Mensalão, o caso considerado mais delicado além de José Genoino é do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Amigos dizem que desde que o processo se iniciou no STF ele entrou em depressão profunda. Isolado por aliados e pelo próprio partido, chegou a visitar ministros da Esplanada para pedir apoio político. Foi em vão, apesar de bem recebido. Uma filha se sentiu perseguida e menosprezada no emprego e pediu demissão um ano atrás, em São Paulo. João Paulo usou grande parte de sua verba de gabinete, segundo levantamento recente da Coluna, para promover ações de marketing em sua defesa. Foram R$ 56 mil nos últimos meses para contratar assessoria especializada em redes sociais e monitorar jornalistas e reportagens.

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