Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está intrigado com um dossiê que recebeu: Provas cabais de significativo aumento de compras de terras na Amazônia por empresas estrangeiras e, em especial, por ONGs da Europa.
Ele atendeu ao pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e dará aval para a instalação da CPI das ONGs da Amazônia, que conta com assinaturas suficientes para a abertura.
Plínio tem dados chocantes. Comprovou, por exemplo, que uma ONG holandesa comprou na cidade de Coari, no coração do Amazonas, cerca de 4 mil km quadrados de terras (um décimo da superfície de seu país).
Curioso é que Coari tem grandes reservas de gás e petróleo. E não por acaso, uma das maiores petroleiras do mundo é controlada por holandeses. Não há ligação (ainda) dessa entidade com a multinacional.
Mas a PF, se provocada na eventual CPI, pode descobrir o tamanho da Europa que já cabe no Brasil. O lobby contra é forte nos gabinetes, de políticos ligados a ONGs.
Quem defende as ONGs acusa políticos e ruralistas de planejarem comprar as áreas e derrubar a floresta para pasto. Para eles, as ONGs protegem o ecossistema. Embora não expliquem por que precisam comprar as terras dos nativos para isso, em vez de um trabalho de conscientização e parceria, como fazem os governos da Amazônia Legal.